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Integridade nas organizações: lições do IBGC para uma governança sustentável e ética

A construção de uma cultura de integridade é uma das bases mais sólidas para garantir a longevidade e a credibilidade das organizações. Em sua publicação mais recente, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) destaca como um sistema de integridade bem estruturado deve ser implementado e continuamente aprimorado em empresas comprometidas com ética, transparência e conformidade legal.

A seguir, reunimos os principais pontos do documento do IBGC, com reflexões aplicáveis à realidade de empresas de todos os portes.

O que é um sistema de integridade?

Trata-se de um conjunto estruturado de valores, princípios, políticas e mecanismos que garantem uma atuação ética, responsável e em conformidade com a legislação. O sistema de integridade vai além de um simples “código de conduta”; ele precisa estar integrado à cultura da organização e conectado à governança.

Os 5 pilares do sistema de integridade

Segundo o IBGC, o sistema de integridade se apoia em cinco pilares principais:

Comprometimento da alta administração

Nenhum sistema de integridade se sustenta sem o exemplo da liderança. O engajamento genuíno de conselhos e diretores fortalece a cultura ética. Esses líderes devem adotar os valores da organização em suas decisões e demonstrar tolerância zero a desvios de conduta.

Avaliação de riscos

A integridade também se planeja. É essencial mapear e compreender os riscos específicos de cada setor, segmento ou operação. A partir disso, a empresa pode direcionar controles internos, treinamentos e políticas prioritárias com mais efetividade.

Políticas e procedimentos

É necessário que os princípios éticos estejam formalizados em documentos como códigos de conduta, canais de denúncia, políticas anticorrupção e regras para o relacionamento com stakeholders internos e externos. A clareza nesses processos reduz ambiguidades e protege a organização.

Comunicação e treinamento

A integridade deve ser constantemente reforçada com ações educativas. Treinamentos regulares, materiais de apoio e campanhas internas fortalecem a cultura ética e garantem alinhamento entre equipes.

Monitoramento e aprimoramento contínuo

Um sistema de integridade é dinâmico. Auditorias, indicadores, investigações internas e revisões periódicas asseguram sua atualização frente às mudanças internas e exigências externas.

Sistema de integridade e governança: uma via de mão dupla

O sistema de integridade é parte essencial da governança moderna. Ele protege a empresa contra riscos legais e reputacionais e fortalece sua imagem perante investidores, parceiros e clientes. Negócios baseados em ética e transparência são mais sustentáveis, atraem talentos e se destacam no mercado.

Como aplicar na prática?

Para que funcione, o sistema de integridade deve estar alinhado com as ferramentas de governança e gestão da empresa. Isso inclui controles internos, organização de documentos, atas de reunião arquivadas e comunicação formal.

A digitalização desses processos — como propõe a Societário Digital — potencializa a integridade ao oferecer segurança, rastreabilidade e transparência aos atos societários.

Conclusão

A integridade é mais do que um valor: é um diferencial competitivo. O conteúdo do IBGC serve como um guia prático para empresas que desejam fortalecer sua governança e construir uma cultura ética robusta. Em um mercado cada vez mais exigente, estar em conformidade é apenas o começo — promover uma cultura ética é o que diferencia empresas resilientes.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Qual a diferença entre compliance e sistema de integridade?

Compliance está ligado ao cumprimento de normas e regulamentos. Já o sistema de integridade é mais amplo: incorpora valores, cultura e políticas que orientam o comportamento ético da organização.

Empresas pequenas precisam de um sistema de integridade?

Sim. A complexidade pode variar, mas os princípios devem estar presentes desde o início: ética, transparência, responsabilidade e controles mínimos são fundamentais para qualquer porte de empresa.

Quais documentos são essenciais para implementar um sistema de integridade?

Código de conduta, política anticorrupção, política de conflito de interesses, política de relacionamento com stakeholders e estrutura de canal de denúncias são alguns dos principais.

Como a tecnologia contribui com a integridade?

Plataformas digitais organizam, documentam e asseguram a rastreabilidade das decisões empresariais. No caso da Societário Digital, por exemplo, a organização dos atos societários e dos livros garante segurança e transparência nos registros.

Quem é responsável por liderar a integridade na empresa?

A alta liderança. O exemplo deve vir do topo, mas todos os colaboradores precisam estar engajados. Em empresas maiores, é comum haver um compliance officer ou comitê de integridade.

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Caroline M. A. Vasconcellos
Advogada Especialista em Direito Empresarial com Ênfase na Advocacia Empresarial pela PUC-RS e Especialista em Gestão de Operações Societárias e Planejamento Tributário pela Faculdade Brasileira de Tributação
Publicado em 10/06/2025
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